Com datas e horários definidos para os jogos das rodadas, seja em campeonatos estaduais, nacionais e internacionais, a paixão cearense pelo futebol se renova. Seja na Arena Castelão ou no Presidente Vargas, ir ao estádio ver o seu time jogar é uma das maiores alegrias para os fascinados pelo esporte. Porém, nem sempre essa visita é sinônimo de vibrar pelo seu time e de viver momentos de alegria. Muitas vezes torcedores são surpreendidos por situações inusitadas e que podem atrapalhar os momentos de diversão.
Segundo o comandante do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque), da Polícia Militar do Ceará (PMCE), Tenente-Coronel Eduardo Landim, a Arena Castelão já registrou 7 tumultos contabilizados do mês de março ao início de maio. É nesse momento que surge a atuação do Juizado do Torcedor, que conta com a atuação, em regime de plantão, de Juízes, Promotores e Defensores Públicos.
De acordo com o Defensor Público, Weimar Salazar, as ocorrências em que os profissionais atuam, acionados pelo Juizado do Torcedor, são quando acontece alguma infração de menor potencial ofensivo dentro do estádio. “Os casos que ocorrem e que exigem essa presença do defensor, bem como têm uma maior frequência, são de uso de drogas por parte de pessoas que entram no estádio, invasão de campo feita por torcedores, arremesso de objetos no campo e brigas entre torcidas. Caso a situação tome uma proporção maior, ela deve ser encaminhada e resolvida nas Varas Criminais”, disse.
O Juizado do Torcedor foi instituído pela Diretoria do Fórum Clóvis Beviláqua (Portaria nº 1/2012), que levou em conta os conflitos entre torcidas ocorridos em disputas esportivas. De acordo com a Presidenta da Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Ceará (ADPEC), Andréa Coelho, a Associação está sempre atenta e à disposição para prestar qualquer auxílio aos Defensores que ficam de plantão atuando nos estádios. “Precisamos valorizar mais os nossos clubes, mas, principalmente, garantir o bem-estar e o lazer daqueles que gostam de prestigiar seu time do coração, para que não tenham sua alegria cancelada por intercorrências dentro do estádio ou para que não sejam envolvidos injustamente em algum mal entendido, afinal é nossa função, enquanto Defensores e Defensoras Públicas, garantir o respeito aos direitos dos cidadãos que dele necessitem”, explica.