A Associação dos Defensores Públicos do Estado do Ceará (ADPEC) presta uma homenagem ao ex-presidente da entidade e defensor público Humberto Heitor Ribeiro, cuja trajetória profissional se confunde com a própria história da Defensoria Pública cearense. Seu legado é símbolo de pioneirismo, dedicação e profundo compromisso com os direitos humanos.
Natural de Fortaleza, Humberto formou-se em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC), na turma de 1968. Iniciou sua vida profissional como assessor jurídico da Secretaria da Justiça (SEJUS), abrindo caminho para uma carreira marcada pela seriedade e sensibilidade social.
Nomeado como o primeiro diretor do Instituto Prisional Feminino Desembargador Auri Moura Costa, Humberto Heitor ocupou o cargo por 14 anos. Sua gestão ficou marcada pelo respeito à dignidade das mulheres privadas de liberdade e pela defesa de políticas humanizadas no sistema prisional.
Em 1978, foi um dos 46 aprovados no concurso para advogado de ofício, cargo que mais tarde seria reconhecido como defensor público. Em 1987, passou a atuar no Instituto Penal Professor Olavo Oliveira (IPPOO), onde permaneceu por 22 anos, prestando assistência jurídica com dedicação exemplar à população carcerária.
Entre 2001 e 2003, Humberto Heitor assumiu a presidência da ADPEC. Sua gestão foi pautada pelo diálogo, defesa dos interesses da categoria e valorização institucional da Defensoria Pública. Sempre com uma postura ética, deixou sua marca de equilíbrio e firmeza nos momentos mais desafiadores.
Ao longo da carreira, também respondeu pela diretoria do antigo Instituto Penal Professor Severino (IPPS) e atuou na Colônia Agrícola do Amanari. Encerrando seu ciclo profissional no Núcleo de Assistência aos Presos Provisórios e às Vítimas de Violência (NUDEP), aposentou-se com a certeza do dever cumprido.
A ADPEC rende seu eterno respeito e admiração a Humberto Heitor Ribeiro. Sua trajetória inspira gerações de defensoras e defensores públicos e reforça o valor de uma atuação comprometida com a justiça social, a dignidade humana e o fortalecimento da Defensoria Pública.